11.25.2010

Noam Chomsky: As 10 estratégias de manipulação midiática

Noam Chomsky: As 10 estratégias de manipulação midiática




por Noam Chomsky*, em Adital

Tradução: Adital



O linguista Noam Chomsky elaborou a lista das “10 Estratégias de Manipulação”através da mídia.



1. A estratégia da distração. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir que o público se interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado; sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja com outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).



2. Criar problemas e depois oferecer soluções. Esse método também é denominado “problema-ração-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” previsa para causar certa reação no público a fim de que este seja o mandante das medidas que desejam sejam aceitas. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o demandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para forçar a aceitação, como um mal menor, do retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços púbicos.



3. A estratégia da gradualidade. Para fazer com que uma medida inaceitável passe a ser aceita basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira, condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.



4. A estratégia de diferir. Outra maneira de forçar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e desnecessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrificio imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo, porque o público, a massa tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isso dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.



5. Dirigir-se ao público como se fossem menores de idade. A maior parte da publicidade dirigida ao grande público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade mental, como se o espectador fosse uma pessoa menor de idade ou portador de distúrbios mentais. Quanto mais tentem enganar o espectador, mais tendem a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Ae alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, em razão da sugestionabilidade, então, provavelmente, ela terá uma resposta ou ração também desprovida de um sentido crítico (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.



6. Utilizar o aspecto emocional mais do que a reflexão. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional e, finalmente, ao sentido crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de aceeso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos…



7. Manter o público na ignorância e na mediocridade. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais menos favorecidas deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que planeja entre as classes menos favorecidas e as classes mais favorecidas seja e permaneça impossível de alcançar (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).



8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade. Levar o público a crer que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.



9. Reforçar a autoculpabilidade. Fazer as pessoas acreditarem que são culpadas por sua própria desgraça, devido à pouca inteligência, por falta de capacidade ou de esforços. Assim, em vez de rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se autodesvalida e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E sem ação, não há revolução!



10. Conhecer os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem. No transcurso dosúltimos 50 anos, os avançosacelerados da ciência gerou uma brecha crescente entre os conhecimentos do público e os possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem disfrutado de um conhecimento e avançado do ser humano, tanto no aspecto físico quanto no psicológico. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele a si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior do que o dos indivíduos sobre si mesmos.



* Linguista, filósofo e ativista político estadunidense. Professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts

11.24.2010

O olho da Rainha Elefante

Belo texto do Thay sobre o cuidado ambiental.
 
O Olho da Rainha Elefante
 
Thich Nhat Hahn 
 
Every step we make has the power to heal and transform. Not only can we heal ourselves by our steps, but we can help the Earth and the environment.




The Mahaparinirvana Sutra describes the life of the Buddha during his last year—the places he travelled, the people he met, and the teachings he gave. In the sutra, it is said that the Buddha had just spent the Rains Retreat near the city of Vaishali, north of the Ganges River, and that he then decided to travel north in order to return to the town of his birth, Kapilavastu. Although he knew this was the last time he would ever see the beautiful city of Vaishali, he did not lift his hand to wave good-bye. Instead, we find this sentence in the sutra:



The Buddha, on his way, turned around, and with the eyes of an elephant queen, he surveyed the city of Vaishali for the last time and said, “Ananda, don’t you think that Vaishali is beautiful?” After having surveyed the city of Vaishali with a gentle gaze that took in all of its beauty, the Buddha turned back to the north and began to walk.



When the Buddha looks, he does so with the eyes of the elephant queen in order to look deeply and recognize what is there. We, too, have the eyes of the Buddha and of the elephant queen. If you see deeply into the beauty of nature around you, you’re looking with the eyes of the Buddha. It is extremely kind of you to look on behalf of the Buddha, to contemplate the world for the Buddha, because you are his continuation.



So when you practice sitting meditation, sit for the Buddha. The Buddha in you is sitting upright, the Buddha in you is enjoying every in-breath and out-breath, the Buddha in you is contemplating the world with mindfulness and getting in touch with the beauty of nature.



If you know how to contemplate the beauty of nature with the eyes of the Buddha, you will not say that your life has no meaning. You can listen with the ears of the Buddha, you can contemplate the world with the eyes of the Buddha, and thanks to that, your children and their children will also be able to look and contemplate like the Buddha. You transmit the Buddha to your children and to their children, in the way you walk, sit, look, and listen, even in the way you eat. This is something that you can do now. Starting today, you can already be a real and true continuation of the Buddha, our spiritual ancestor.



Every minute of our daily lives is an opportunity for us to walk like a buddha, to listen with compassion like a buddha, to sit as peacefully and as happily as a buddha, and to look deeply and enjoy the beauties of the world like a buddha. In doing so, we are helping our father, our mother, our ancestors, and our children in us to evolve, and we are also helping our teacher to fulfil his vow, his aspiration. In this way, our life will truly become a concrete message of love. Living our lives in this way, we can help prevent global warming from harming our planet.



When we look deeply into ourselves, we can identify elements of the Kingdom of God that are available in the here and now. To me the Kingdom of God or the Pure Land of the Buddha is not a vague idea; it is a reality. That pine tree standing on the mountain is so beautiful, solid, and green. To me the pine tree belongs to the Kingdom of God, the Pure Land of the Buddha. Your beautiful child with her fresh smile belongs to the Kingdom of God, and you also belong to the Kingdom of God. If we’re capable of recognizing the flowing river, the blue sky, the blossoming tree, the singing bird, the majestic mountains, the countless animals, the sunlight, the fog, the snow, the innumerable wonders of life as miracles that belong to the Kingdom of God, we’ll do our best to preserve them and not allow them to be destroyed. If we recognize that this planet belongs to the Kingdom of God, we will cherish and protect it so we can enjoy it for a long time, and so that our children and their children will have a chance to enjoy it.



The Buddha teaches us about the cycle of samsara, a cycle in which the same suffering repeats itself. If we don’t practice, we won’t be able to step out of it. With mindful breathing, mindful walking, and mindful dwelling in the present moment, we don’t need to consume and run after objects of craving in order to be happy. In our monastery at Plum Village, nobody has their own bank account, no one has a private car or a private cell phone, and the monks, nuns, and laypeople who live here don’t receive any salary. And yet there’s joy and happiness, there’s brotherhood and sisterhood. We don’t need the “American dream” anymore. Breathing in, we get in touch with the stars, the moon, the clouds, the mountain, the river. When we’re inhabited by the energy of mindfulness and concentration, every step we take leads us into the Kingdom of God, the Pure Land of the Buddha.



When we look deeply into a flower, we see the elements that have come together to allow it to manifest. We can see clouds manifesting as rain. Without the rain, nothing can grow. When I touch the flower, I’m touching the cloud and touching the rain. This is not just poetry, it’s reality. If we take the clouds and the rain out of the flower, the flower will not be there. With the eye of the Buddha, we are able to see the clouds and the rain in the flower. We can touch the sun without burning our fingers. Without the sun nothing can grow, so it’s not possible to take the sun out of the flower. The flower cannot be as a separate entity; it has to inter-be with the light, with the clouds, with the rain. The word “interbeing” is closer to reality that the word “being.” Being really means interbeing.



The same is true for me, for you, and for the Buddha. The Buddha has to inter-be with everything. Interbeing and nonself are the objects of our contemplation. We have to train ourselves so that in our daily lives we can touch the truth of interbeing and nonself in every moment. You are in touch with the clouds, with the rain, with the children, with the trees, with the rivers, with your planet, and that contact reveals the true nature of reality, the nature of impermanence, nonself, interdependence, and interbeing.



We have destroyed our Mother Earth in the same way bacteria or a virus can destroy a human body. Mother Earth is also a body. Of course, there are bacteria that are beneficial to the human body, that protect the body and help generate enzymes that we need. Similarly, if the human species wakes up and knows how to live with responsibility, compassion, and loving kindness, the human species can be a living organism with the capacity to protect the body of Mother Earth. We have to see that we inter-are with our Mother Earth, that we live with her and die with her.



It’s wonderful to realize that we are all in a family, we are all children of the Earth. We should take care of each other and we should take care of our environment, and this is possible with the practice of being together as a large family. A positive change in individual awareness will bring about a positive change in the collective awareness. Protecting the planet must be given the first priority. I hope you will take the time to sit down with each other, have tea with your friends and your family, and discuss these things. Invite Bodhisattva Earth Holder to sit and collaborate with you. Then make your decision and act to save our beautiful planet. Changing your way of living will bring you a lot of joy right away and, with your first mindful breath, healing will begin.



Reprinted from The World We Have: A Buddhist Approach to Peace and Ecology (2008) by Thich Nhat Hanh by kind permission of Parallax Press, Berkeley, California, www.parallax.org. You can purchase the book here.

11.18.2010


Mesa de trabalho no Jardim Botânico

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mais do Manoel





A inventividade e o primitivismo da poesia de Manoel de Barros


Publicado em 07 de maio de 2010



Wilker Sousa







Desde seus Poemas Concebidos sem Pecado, de 1937, Manoel de Barros publicou 20 livros. Avesso ao epíteto de “Poeta do Pantanal”, uma vez que “a poesia mexe com palavras e não com paisagens”, Manoel faz travessuras com a linguagem, “desaumatizando” a percepção de mundo: “Escrevo o idioleto manoelês archaico (idioleto é o dialeto que os idiotas usam para falar com as paredes e com as moscas). Preciso atrapalhar as significâncias. O despropósito é mais saudável que o solene” (Livro sobre Nada, 1996). O substrato de sua arte está essencialmente no universo pantaneiro, povoado de passarinhos, rãs, lesmas, pedras e rios. Porém, antes de simples ambientação e pretexto para o memorialismo, o Pantanal converte-se em poesia por meio do uso “reinventivo” da linguagem; daí a recusa a rótulos como aquele.



Tais eixos temáticos e estilísticos perpassam toda a obra de Manoel de Barros, em um dos projetos mais coerentes da lírica brasileira. Em seu mais novo livro, Menino do Mato, permanecem o primitivismo e o retorno à inocência perdida, simbolizados no tema da infância: “A maneira de dar canto às palavras o menino / aprendeu com os passarinhos”. Na esteira deste lançamento, é publicada a compilação de sua obra completa, o que permite ao leitor assistir ao desenrolar de mais de sete décadas dedicadas ao fazer poético. Nesta entrevista, concedida à CULT por e-mail, o poeta de 93 anos fala de seu novo livro, da pouca recepção de sua obra pela crítica especializada, e comenta princípios que norteiam sua poesia.



CULT – A exemplo de Memórias Inventadas III (2007), Menino do Mato (2010) remonta ao tema da infância. Após muitas décadas dedicadas à poesia, suas obras mais recentes simbolizam o fechamento de um ciclo que retorna ao primitivo?



Manoel de Barros – Acho que não retorno ao primitivismo. Por antes acho que continuo primitivo, vez que meu caminho seria para encostar na semente da palavra, ou seja: o início do canto. Porque o ser humano começa a se expressar pelo canto.





CULT – Uma das marcas centrais de sua poesia é a tentativa de alcançar aquilo que está antes da palavra, ou seja, a sensibilidade primeira que desencadeia a poesia. Poderíamos então afirmar que a formação do poeta Manoel de Barros se deu fundamentalmente na infância?



Manoel – Eu fui abençoado por uma infância no mato. Não tínhamos vizinhos, não havia outras casas, outros meninos. Só nós – eu e dois irmãos. E o chão de formiga e de lagartixas. A mãe não tinha tempo de nos levar ao colo. O pai campeava. E a gente brincava de inventar brinquedos. Fui na luta para a poesia depois.





CULT – O trabalho com a linguagem em seus poemas revela a possibilidade que ela possui de alargar os horizontes do “primitivo” ou, ao contrário, é reflexo da impossibilidade de alcançar a essência poética?





Manoel – Eu sempre quis o criançamento da palavra. Eu sempre desejei o despropósito das palavras. A palavra que produzisse a melodia letral. Que sempre me parecesse a essência poética do absurdo.



CULT – Sua obra escapa a rótulos, como “poesia do Pantanal”, “poesia de folclore e costumes”, entre outros. Como definir a poesia de Manoel de Barros?





Manoel – Sabemos nós que poesia mexe com palavras e não com paisagens. Por isso não sou poeta pantaneiro, nem ecológico. Meu trabalho é verbal. Eu tenho o desejo, portanto, de mudar a feição da natureza, pelo encantamento verbal.





CULT – Ao longo de sua obra, o senhor criou diversas metáforas para designar a poesia. Qual a sua favorita?



Manoel – Acho que a favorita e que algumas pessoas citam é: poesia é voar fora da asa.





CULT – O fato de não ter acumulado uma fortuna crítica o incomoda? Na sua opinião, a que se deve certa resistência da crítica com relação à sua obra?





Manoel – Já tenho respondido sobre isso. Conversei uma vez com o bibliófilo José Mindlin, que era meu grande amigo, sobre essa rejeição da crítica pela minha poesia. Mindlin me afirmara que minha poesia, por não ter rima nem métrica, seria uma evolução ou uma revolução na poesia. Pois que não usando métrica nem rima, uso a melodia letral ou a harmonia silábica.



CULT – Como o poeta Manoel de Barros gostaria de ser lembrado?



Manoel – Gostaria de ser lembrado como um ser abençoado pela inocência. E que tentou mudar a feição da poesia.





Fonte: Revista CULT

http://revistacult.uol.com.br/home/2010/05/voar-fora-da-asa/

Postado por Claude Bloc às 11:02


depois do almoço



um doce - sorriso


em lábios esquecidos
agradável o dia



a primavera aparece


nas asas da borboleta
nem certo, nem errado



atravessei a ponte


para o outro lado
uma gota de orvalho



sozinha, poderosa


reflete raios de luz

11.16.2010

A arte da experiência meditativa poderia ser chamada de arte genuína. Tal arte não é construída para ser exibida ou difundida. Em vez disso, é um processo em perpétuo desenvolvimento no qual começamos a apreciar o que nos cerca na vida, o que quer que seja — não é preciso que seja, necessariamente, algo bom, belo ou agradável. A definição de arte, desse ponto de vista, é ter a habilidade de ver o caráter único da experiência cotidiana. A cada momento podemos estar fazendo as mesmas coisas — escovando os dentes diariamente, penteando os cabelos diariamente, preparando o jantar diariamente. No entanto, essa aparente repetição se torna única a cada dia. Surge um tipo de intimidade com nossos hábitos diários e com a arte neles envolvida. É por isso que é chamada de arte na vida cotidiana.




Chögyam Trungpa, trecho de “Arte na vida cotidiana”, capítulo de Dharma/arte: a percepção verdadeira

11.11.2010

Seis Regras para a Escrita

George Orwell offers six rules for writing:




Never use a metaphor, simile, or other figure of speech which you are used to seeing in print.

Never use a long word where a short one will do.

If it is possible to cut a word out, always cut it out.

Never use the passive where you can use the active.

Never use a foreign phrase, a scientific word, or a jargon word if you can think of an everyday English equivalent.

Break any of these rules sooner than say anything outright barbarous

11.10.2010

depois da chuva

depois da chuva
pombos disputando um pedaço de pão
entre baganas de cigarro e flores do jacarandá.
uma folha de verde intenso me acena
ela brilha na calçada cinza.
nuvens passam e passam
o céu voltou a ser azul.

11.05.2010

o silêncio espera a chuva



nenhum canto de pássaro


apenas o vento lá fora

11.04.2010

"Nossas vidas são como a respiração, como as folhas que crescem e caem. Quando realmente entendermos sobre as folhas que caem, seremos capazes de varrer os caminhos todos os dias e nos alegrar com nossas vidas neste mundo mutável"

Ajahn Chah
o vento embala a palmeira



o sabiá canta com perfeição


há um paraiso aqui e agora.
cresceram rapido



as folhas do plátano


milagre da primavera
Sem atenção você não vê


A primavera vem e passa

sem teu olhar de encantamento.
pobre da aranha

apenas folhas secas

cairam na teia
sentado sozinho

olhando os sabiás

imaginando o ninho

preguiça

hoje nem tento

aquele poeminha

depois eu invento

11.02.2010

saindo do escuro da terra

sempre em busca de luz

a planta ilumina-se

quando floresce.