Ikkyu Sojun foi outro destes mestres autênticos e não convencionais. Viveu entre 1394 e 1481 no Japão. Ele não obedecia as regras rígidas dos mosteiros (principalmente quanto ao sexo, bebida e alimentação) pois acreditava que o zen autêntico e puro não estava ligado a nenhuma prática religiosa ortodoxa. Ele costumava passear pela zona boêmia vestido com sua túnica de sacerdote para demonstrar que não há qualquer contradição entre a prática do zen e o sexo. Ele acreditava que o zen se aplica a todas as coisas sem distinção, em todos os instantes.
Pessoalmente sou um grande admirador da vida destes mestres e de suas lições de liberdade. Mas, com isso, não quero dizer que este seja o caminho de todos. Apenas poucos iluminados podem transitar entre o sagrado e o profano, reconhecendo a dualidade apenas como uma criação de nossa mente.
Para cada pessoa há um caminho. Por favor, tentem com todas as forças, encontrar o seu o mais breve possível, seja ele num mosteiro , numa mesa de bar ou num canteiro de flores e hortaliças.
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