9.16.2010

dogma

Uma proposta para hoje: tentemos falar com outros em seus próprios termos, deixando que sejam como são, interessando-nos por eles, sem tentarmos trazê-los para nossa cena e sem nos fecharmos entre os que pensam como nós. Não parece ótimo?




A fim de ajudar alguém, primeiro eleve sua cabeça e ombros. Então, não tente converter as pessoas ao seu dogma, mas apenas as encoraje. Independentemente da profissão que tenham — quer sejam fazendeiros, advogados ou taxistas —, primeiro, eleve sua consciência, e então converse com eles com as palavras deles. Não tente fazer com que se juntem ao clube Shambhala ou à cena budista ou a qualquer coisa assim. Apenas deixe que sejam como são. Tomem um drinque juntos, jantem, saiam — mantenha a simplicidade.



O ponto principal definitivamente não é fazer com que se tornem membros de sua organização. Esse é o ponto menos importante. O ponto principal é ajudar os outros a serem, à sua própria maneira, bons seres humanos. Não tentamos converter as pessoas. Elas podem converter-se por si próprias, apenas mantemos contato com elas. Usualmente, em qualquer organização, as pessoas não conseguem deixar de arrastar os outros para a sua cena ou sua viagem, por assim dizer. Esse não é o nosso plano. Nosso plano é assegurar que os indivíduos, quaisquer que sejam, tenham uma vida boa. Ao mesmo tempo, deveríamos estar em contato com as pessoas, da maneira que pudermos. Isso é muito importante, não porque tentamos converter os outros, mas porque queremos nos comunicar.



Chögyam Trungpa, “Helping Others” (Ajudando os outros), in Great Eastern Sun (Sol do Grande Leste)

http://pontos.dharma.art.br/dogma-0

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