6.22.2005

Diário de Zé da Vaca - fragmento

Penso num poema
Que escapa
Entre os dedos
Entre as teclas
Sonoro e estranho
Um poema
Que não se percebe importante
Que não se reconhece como irmão
Que não sabe ser amável
(já que não é máquina)
mas está feliz
solto na folha rabiscada
estranho entre ameixas desenhadas
capturado por linhas monótonas
limitado entre páginas
o poema
que saiu assim sem querer.
Como sempre...

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